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Aprenda o que é hype cycle e veja como identificar tendências de inovação

O hype cycle é uma metodologia que pode ajudá-lo a identificar tendências de inovação, separando-as de modas passageiras. Entenda como isso funciona.
Aprenda o que é hype cycle e veja como identificar tendências de inovação

Com a evolução tecnológica e do consumo, há um lançamento contínuo de soluções no mercado — incluindo aquelas que envolvem a tecnologia. Devido ao volume de mudanças, é comum ter dúvidas sobre o que realmente tem potencial transformador. Para fazer essa análise, vale a pena saber sobre o hype cycle.

Por meio dele, é mais simples entender em qual fase cada inovação está e se ela tende ou não a se consolidar. Dessa maneira, é possível estabelecer se vale a pena adotar a ferramenta para não ficar defasado tecnologicamente ou se o ideal é evitar a moda passageira.

Na sequência, descubra como identificar tendências de inovação a partir do hype cycle.

O que é hype cycle?

O hype cycle é uma metodologia que mapeia as etapas pelas quais uma tecnologia ou outro tipo de novidade pode passar. Esse ciclo considera desde as fases iniciais de concepção e implementação até os resultados que podem se consolidar com o uso da ferramenta. 

Essa metodologia foi desenvolvida pela Gartner, uma das mais relevantes empresas de tecnologia do mundo. Para tanto, o método envolve um gráfico, que demonstra qual é o comportamento da tecnologia ao longo do tempo, em seus diferentes estágios.

Aspecto Descrição
O que é O Hype Cycle é uma representação gráfica do ciclo de vida de uma tecnologia, desde a inovação até a adoção e maturidade no mercado.
Fases
  • Inovação Tecnológica (Gatilho)
  • Pico das Expectativas Infladas
  • Vale da Desilusão
  • Caminho da Iluminação
  • Platô da Produtividade
Aplicações Usado por investidores, desenvolvedores e líderes de mercado para avaliar tecnologias e tomar decisões informadas sobre adoção e investimento.
Benefícios Fornece uma análise da percepção pública e maturidade da tecnologia, ajuda a evitar investimentos em tecnologias sobrevalorizadas ou não comprovadas.
Limitações Pode ser interpretado de forma subjetiva, a precisão depende da qualidade da pesquisa e análise, e nem todas as tecnologias seguem o mesmo padrão.
Exemplos de Tecnologias no Hype Cycle Realidade Aumentada, Veículos Autônomos, Blockchain, Inteligência Artificial.

Exemplo de hype cycle

A Gartner é uma consultoria muito associada à elaboração de estudos sobre hype cycles.

Abaixo, segue um gráfico que mostra o ciclo de tecnologias emergentes, conforme estudo de 2022.

No gráfico acima, é possível observar diversas tendências em fase inicial de hype, como "Digital Twin of a Customer" e "Dynamic Risk Governance". São tecnologias em estágio inicial do ciclo, e que podem demorar anos até chegar a uma etapa de estabilidade. Nesse período, é possível que algumas delas não ganhem a devida relevância.

Pela previsão da Gartner, apenas algumas chegarão à adoção em massa em até 2 anos. A maioria vai levar 10 anos ou mais.

Quais são as suas fases?

Como você viu, o hype cycle tem como objetivo mapear o comportamento de uma tecnologia ou inovação, desde seus estágios iniciais. Para tanto, há uma modelagem que consiste em 5 etapas, pelas quais a novidade deve passar para se concretizar como uma tendência.

A seguir, veja quais são esses pontos e entenda quais são as características de cada um.

1. Gatilho de inovação

O ciclo começa com o chamado gatilho de inovação. Nesse estágio, há o lançamento da tecnologia, ainda que ela esteja bastante recente e pouco consolidada no mercado.

Nessa fase, as primeiras startups começam a obter capital e os primeiros projetos são lançados. É o que acontece quando o mínimo produto viável (MVP) de uma nova tecnologia chega ao mercado.

Porém, também pode não existir um produto relacionado à inovação. Nesse caso, ela ainda não estará validada como sendo viável. Ainda assim, começa a ocorrer uma divulgação na mídia sobre o tema, o que faz crescer o interesse do público — bem como as expectativas do mercado.

2. Pico de expectativas infladas

Após o gatilho, tende a haver uma relativa comoção do mercado em relação à inovação. Por conta da divulgação inicial e de promessas relacionadas à solução, as expectativas das pessoas e empresas atingem o pico.

Por conta disso, é comum que haja uma visão distorcida da realidade. Frequentemente, as pessoas acreditam que a inovação poderá entregar mais resultados do que ela realmente é capaz. Logo, mais empresas e indivíduos começam a ter interesse no assunto e a solução deixa de estar restrita aos usuários iniciais.

3. Vale da desilusão

Como foram criadas expectativas irreais, a tendência é que ocorra uma profunda desilusão do mercado com a inovação. Um exemplo clássico é a internet 5G.

Antes de ela entrar em operação, muitas pessoas acreditavam que a nova tecnologia revolucionaria a comunicação, acima da capacidade real da rede. Com o começo do uso do recurso, houve a primeira decepção, já que a rede ainda está em implementação.

4. Rampa de esclarecimento

Após o período de desilusão, é comum que ocorra uma relativa queda no interesse pela inovação. É o que acontece quando as pessoas começam a demonstrar insatisfação com uma tecnologia e diversas empresas a deixam de lado.

Porém, se essa for uma tendência verdadeira, haverá a chamada rampa de esclarecimento. Nessa fase, há o desenvolvimento da segunda etapa da solução, com o aprimoramento da oferta ao mercado.

Além disso, os benefícios associados à inovação começam a ficar mais evidentes, sendo possível identificar em quais ocasiões seu uso tende a ser mais relevante ou estratégico. Nessa etapa, portanto, o mercado passa a considerar a tecnologia com expectativas mais alinhadas.

5. Platô de produtividade

No caso de uma tendência real, a última etapa do hype cycle é conhecida como platô de produtividade. Nesse estágio, há uma evolução considerável sobre a adoção das soluções, com a audiência crescendo continuamente.

Também é nessa fase que a novidade prova o seu valor e demonstra ser viável. Com a continuidade da solução no mercado, a tendência é que ela se popularize e ganhe mais espaço com o público. 

Por que é importante entender o Hype Cycle?

Entender o Hype Cycle é fundamental para as empresas que buscam navegar pela paisagem em constante mudança da tecnologia. As fases do Hype Cycle oferecem um roteiro que ajuda a distinguir entre o entusiasmo irrealista e o potencial genuíno.

Ao compreender em qual fase uma tecnologia se encontra, as empresas podem calibrar suas estratégias de investimento e desenvolvimento de produtos. Por exemplo, uma tecnologia no pico das expectativas infladas pode não ser a melhor aposta para investimento imediato, dado o risco de desilusão subsequente.

Por outro lado, identificar uma tecnologia que está avançando para o platô de produtividade pode significar a captura de uma oportunidade de mercado no momento certo.

O Hype Cycle também serve como uma ferramenta preventiva contra o fenômeno da "bandwagon", onde empresas adotam uma tecnologia apenas porque é popular, sem considerar sua aplicabilidade ou ROI.

Com um entendimento claro do ciclo, os gestores podem evitar decisões apressadas e fundamentar suas ações em uma compreensão sólida do desenvolvimento tecnológico.

O Hype Cycle é preciso?

O Hype Cycle é uma representação gráfica que busca sintetizar o consenso de especialistas sobre a maturidade de tecnologias emergentes.

No entanto, sua precisão é intrinsecamente limitada pela subjetividade e pela natureza especulativa de prever o futuro da tecnologia.

As trajetórias tecnológicas são influenciadas por uma miríade de fatores, incluindo inovações disruptivas, mudanças regulatórias e alterações no comportamento do consumidor, que podem acelerar ou retardar a adoção.

Além disso, o Hype Cycle é baseado em análises de tendências que podem não capturar nuances locais ou específicas do setor.

Assim, enquanto o Hype Cycle pode fornecer uma visão geral valiosa, ele deve ser complementado por pesquisa e análise contextual.

As empresas são aconselhadas a não depender exclusivamente do Hype Cycle para tomada de decisão, mas a utilizá-lo como um de vários instrumentos para avaliar o potencial de tecnologias emergentes.

Todas as tecnologias passam por cada fase do Hype Cycle?

Nem todas as tecnologias seguem uma progressão linear através das fases do Hype Cycle.

Algumas podem nunca experimentar um "Pico de Expectativas Infladas", especialmente se elas surgirem e forem adotadas discretamente, sem publicidade ou especulação significativas.

Outras tecnologias podem atingir rapidamente o "Platô de Produtividade" devido a uma necessidade imediata do mercado ou avanços tecnológicos que facilitam a adoção.

Há também casos em que uma tecnologia permanece por longos períodos no "Vale da Desilusão" devido a barreiras técnicas ou de mercado que impedem sua maturação.

Este comportamento varia muito de acordo com o setor, a cultura de inovação da empresa e o contexto econômico.

Por isso, o Hype Cycle deve ser interpretado com flexibilidade, entendendo que cada tecnologia possui seu próprio conjunto de dinâmicas que influenciam sua trajetória.

Como as empresas devem agir com base no Hype Cycle?

Empresas podem utilizar o Hype Cycle como um framework estratégico para orientar a tomada de decisão em relação a novas tecnologias.

O modelo fornece insights sobre o ciclo de vida tecnológico, permitindo que os tomadores de decisão identifiquem em que momento uma tecnologia pode oferecer vantagem competitiva ou se tornar um custo desnecessário.

Para maximizar a eficácia deste modelo, é recomendável que as empresas o integrem com análises internas de capacidades, recursos e estratégias de mercado. Uma abordagem prudente é ser conservador durante o pico de expectativas e mais ousado quando a tecnologia se aproxima do platô de produtividade, momento em que os riscos são menores e os benefícios mais compreendidos.

A chave é balancear o otimismo tecnológico com uma avaliação realista de como uma tecnologia específica se alinha aos objetivos de negócios da empresa e às necessidades do cliente.

O Hype Cycle pode ser um ponto de partida para a pesquisa e experimentação, mas as decisões devem ser sempre apoiadas por uma rigorosa diligência e alinhamento estratégico.

Como diferenciar modas passageiras de tendências de inovação?

Agora você sabe que um dos principais objetivos do hype cycle é ajudar a entender o que uma tecnologia ou inovação representa, efetivamente. A ideia é compreender se ela consiste em uma moda passageira ou se essa é uma tendência que pode se tornar duradoura.

Portanto, essa metodologia é essencial para identificar tecnologias emergentes e outras inovações que podem ser duráveis, bem como para separá-las daquelas que têm um ciclo de vida menor.

Em geral, as tendências verdadeiras passam pelas 5 etapas que você conferiu. Afinal, um elemento transformador tende a ser construído de modo contínuo, em vez de surgir de modo pronto e definitivo. Ao fazer essa separação, é possível saber com mais clareza em qual oportunidade vale mais a pena investir.

Como identificar tendências de inovação?

Para que o hype cycle possa ajudá-lo a identificar tendências de inovação, é preciso se basear na metodologia e identificar em qual fase a tendência está. Se a solução estiver em seus passos iniciais, por exemplo, é preciso tomar cuidado com as expectativas e decepções conseguintes.

Posteriormente, é preciso ter atenção para não embarcar no pessimismo generalizado, já que isso pode afastá-lo de tendências relevantes. Também é interessante verificar se a solução tem evoluído, tanto em adesão do mercado quanto em apresentação de novidades para atender às expectativas.

Assim, o ideal é acompanhar a evolução do projeto, conforme ela acontecer no mercado, a fim de diferenciar movimentos consistentes de modas passageiras. Afinal, um evento meramente pontual não terá força para chegar às próximas etapas com sucesso. 

Quais as principais críticas ao Hype Cycle?

O Hype Cycle é uma metodologia que recebe muita atenção. Isso não significa, no entanto, ue ele seja uma solução perfeita e à prova de falhas. VEja algumas críticas que podemos fazer sobre o Hype Cycle:

  1. Subjetividade: As previsões do Hype Cycle dependem de avaliações subjetivas de especialistas, o que pode levar a interpretações variáveis da maturidade e do impacto das tecnologias.
  2. Ausência de Métricas: O modelo não oferece métricas quantitativas, tornando difícil medir exatamente onde uma tecnologia se encontra em seu ciclo de vida.
  3. Tendência de Auto-realização: A publicação das previsões pode influenciar o comportamento do mercado e a percepção das tecnologias, potencialmente criando efeitos que reforçam as previsões feitas.
  4. Foco em Tecnologia e não em Adoção: O modelo é centrado na tecnologia em si, e não necessariamente na sua adoção ou no valor que ela traz para os negócios ou para a sociedade.
  5. Variabilidade: Algumas tecnologias podem não seguir o ciclo proposto ou podem ter vários mini-ciclos de hype que o modelo não capta.
  6. Visão Generalista: O modelo pode não considerar especificidades de diferentes indústrias ou mercados, oferecendo uma visão muito ampla que pode não ser aplicável em contextos específicos.

Quais as alternativas ao Hype Cycle?


O Hype Cycle, cunhado pelo Gartner, é uma representação gráfica do ciclo de vida de uma tecnologia, demonstrando as fases de expectativa e maturidade ao longo do tempo. Alternativas e complementos incluem:

  1. Technology Adoption Lifecycle – Desenvolvido por Joe M. Bohlen, George M. Beal e Everett M. Rogers na Iowa State College na década de 1950, destaca como novas ideias e tecnologias se espalham em diferentes categorias de adoção, da inovação à massa crítica e ao finalmente atrasado.
  2. Crossing the Chasm – Geoffrey Moore, nos anos 90, refinou o Technology Adoption Lifecycle para abordar a lacuna ou "chasm" entre os primeiros adotantes de uma tecnologia e a maioria precoce.
  3. Diffusion of Innovations – Uma teoria de Everett Rogers que explora como, por que e com que velocidade novas ideias e tecnologia se espalham através de culturas.
  4. Oslo Manual – Guia da OCDE para coleta e interpretação de dados de inovação, oferece um quadro para analisar o progresso da inovação e seu impacto sem se concentrar apenas no hype.
  5. Lean Startup Methodology – Popularizado por Eric Ries, enfatiza a criação rápida de protótipos, feedback iterativo e adaptação rápida para avaliar o potencial de mercado de uma nova tecnologia, ao invés de confiar em previsões de hype.
  6. Horizons of Focus – Uma estrutura de inovação que distingue entre melhorias incrementais (Horizonte 1), inovações emergentes (Horizonte 2) e inovações radicais (Horizonte 3).
  7. Wardley Maps – Ferramenta de mapeamento estratégico que ajuda as organizações a entenderem o contexto e a evolução dos componentes tecnológicos no mercado.
  8. Innovation S-Curve – Modelo que descreve como a inovação se desenvolve com o tempo, desde o desenvolvimento inicial lento até o crescimento rápido e eventual estabilização.

Estas alternativas focam em diferentes aspectos do ciclo de vida da tecnologia, desde a adoção até o impacto e a estratégia. A escolha entre elas depende do contexto específico e do propósito da análise.

Conclusão

Como você aprendeu, o hype cycle é um modelo que demonstra como uma inovação ou tecnologia se desenvolve no mercado. A partir dessa metodologia, é possível saber se uma novidade tende a se consolidar — e vale o investimento — ou se ela é apenas um movimento passageiro.

Essas informações foram úteis para você? Se quiser conferir inovações tecnológicas que podem ajudar seu negócio, fale com um consultor Aqua.

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