Aqua Tecnologia
Responde em poucos minutos
Aqua Tecnologia
Olá 👋
Como posso te ajudar hoje?
Falar pelo Whatsapp

O futuro chegou, mas está mal distribuído: lacunas e potencialidades na Era Digital

As inovações que presenciamos são dignas de ficção científica, mas estão longe de estar ao alcance de todos. Este artigo trata sobre perspectivas e tendências.
O futuro chegou, mas está mal distribuído: lacunas e potencialidades na Era Digital

É bem provável que você já conheça a famosa máxima atribuída a William Gibson, dita em entrevista para a NPR Interview em 1999: 

As I’ve said many times, the future is already here. It’s just not very evenly distributed”. 

Na tradução, 

“Como eu tenho dito muitas vezes, o futuro já chegou. Só não está uniformemente distribuído”. 
Foto de William Gibson. Crédito: Michael O'Shea

Gibson, escritor americano de ficção científica, cunhou o termo cyberspace (“ciberespaço”) e é autor de obras icônicas como a trilogia Sprawl (na qual se destaca o romance Neuromancer) e a coletânea de contos Burning Chrome. Muita gente não sabe, mas as ideias do autor o tornaram reconhecido como um verdadeiro profeta da internet e da Era da Informação, influenciando diretamente o roteiro da franquia Matrix

Nesse cenário, o que quis dizer Gibson quando afirmou que o futuro já está aqui? Poderes de previsão à parte – tendo em vista que o ciberespaço imaginado nas suas histórias foi e é a grande revolução do nosso século –, na prática já vivenciamos uma inovação digna das distopias da literatura e do cinema. 

Imediatismo nas respostas, um universo de conhecimento a um clique de distância, todos os recursos de um smartphone, um smartwatch, uma smart tv ao alcance da mão e do comando da voz: se tudo isso já torna a nossa realidade um tanto sci-fi, na prática o futuro não é apenas uma questão de tempo, mas também (e infelizmente) de geografia e poder aquisitivo

E então, o futuro é aqui e agora? Neste artigo, discutimos alguns pontos importantes sobre as lacunas de acesso à Era Digital, assim como as novas tecnologias emergentes e o papel das marcas em um possível contexto de mudança.


Era da Informação e a economia do século XXI

Antes de abordar a problemática da distribuição das novas tecnologias, é importante contextualizar e fazer uma breve investigação: afinal, que futuro é esse que já estamos experienciando? 

Pois bem, ele está diretamente associado à Era da Informação ou Era Digital, termos que descrevem o contexto que vivenciamos dias de hoje. Não por acaso, esses novos tempos são caracterizados principalmente pela difusão do ciberespaço, o ambiente digital vislumbrado na ficção de William Gibson.  

Inaugurado a partir das profundas revoluções da Era Industrial (que foi marcada pelo surgimento da energia nuclear, dos eletrônicos e dos computadores), o momento atual coloca a informação e a geração de conhecimentos no centro da mesa – e a internet, como não poderia deixar de ser, é a grande alavanca que movimenta todas essas transformações. 

A produção e o consumo de conteúdo, nossa experiência de compra, o posicionamento das marcas, o marketing, as estruturas de poder, o mercado de trabalho: tudo está permeado pelo digital, que define não apenas questões econômicas e socioculturais, mas o nosso próprio ser e estar no mundo.

Evolução da experiência de compras: bazar, supermercado, compras online.

Nesse sentido, a particularidade de maior destaque da Era da Informação certamente é o aumento sem precedentes da capacidade de geração e armazenamento de dados. Nunca se produziu e consumiu tanta informação; nunca houve tanta disponibilidade de conteúdo em formatos tão múltiplos; tal consumo nunca foi tão personalizado, fácil e rápido. 

A essa altura, vale a pena resgatar o conceito do Big Data, que pode ser encarado como um grande reflexo das demandas do século XXI. Trata-se de um conjunto de técnicas especialmente desenvolvidas para analisar imensos volumes de dados, extraindo conclusões e insights valiosos sobre determinados assuntos (o comportamento do consumidor, por exemplo). 

Outra característica marcante da Era da Informação é a integração internacional promovida pela web, que literalmente rompe fronteiras e difunde culturas/conhecimentos – estamos falando, é claro, do fenômeno de globalização

Para não perder nosso questionamento central de vista, fica a pergunta: globalização de fato? Será? Em que segmentos essas transformações estão de fato operando? 


Indústria 4.0 e Quarta Revolução Industrial

Outra perspectiva teórica interessante para analisar o dito “futuro” que já marca presença no nosso hoje é a das revoluções tecnológicas ou industriais. Para muitos pesquisadores, o período em que vivemos seria uma “quarta revolução industrial”, também denominada de “Indústria 4.0”. 

Vamos recapitular os momentos históricos que marcaram as prévias revoluções industriais:

A 1ª Revolução Industrial - séc. XVIII 

Nos idos dos anos 1700, a transição do modelo agrícola para o industrial foi a tônica da revolução, representada pela mecanização do trabalho. Aqui, a invenção do motor a vapor foi extremamente importante para a criação de novas fontes de energia e, em consequência, das ferrovias. 

A 2ª Revolução Industrial - séc. XIX 

No final do século XIX, o segmento industrial passou por diversos avanços tecnológicos que culminaram no advento da eletricidade, além das energias movidas a gás e a petróleo.

Marcos da época que valem ser mencionados são a invenção do motor de combustão interna, do automóvel e do avião. É interessante destacar também o telefone e do telégrafo, para citar alguns avanços no ramo das comunicações. 

A 3ª Revolução Industrial - séc. XX 

Sim, o final dos anos 1960 também reservou uma descoberta extremamente importante para o desenvolvimento tecnológico: a energia nuclear, nova fonte de energia. 

Resultados importantes dessa fase incluem o advento crucial dos computadores e eletrônicos, além da evolução do universo das telecomunicações. As viagens espaciais e os primeiros robôs (marcando um passo significativo na automação) também são grandes conquistas da época. 

E a Indústria 4.0?

Por sua vez, a Indústria 4.0 ainda é alvo de discordâncias por parte dos teóricos – isso porque há debates sobre o uso da expressão “quarta revolução industrial”. 

O uso do termo, afinal, implicaria dizer que estamos atravessando outro período histórico cujos avanços tecnológicos sacodem nossa própria estrutura como sociedade. Mas isso não é verdade? 

É fácil perceber: grande parte das dúvidas vêm do desconhecimento dos impactos que ainda estão por vir. Certo distanciamento é necessário para fazer uma análise mais abrangente. No dia a dia, as mudanças trazidas pela internet já nos parecem totalmente naturais e até banais – quando as inserimos em uma linha histórica, porém, tudo muda de figura. 

De toda forma, é claro que o grande marco da Indústria 4.0 (em outras palavras, do futuro que já presenciamos) foi o advento revolucionário da internet, ocorrido no início dos anos 2000. 

A partir do ambiente web ou ciberespaço, para resgatar o termo de Gibson, toda uma multiplicidade de pequenas revoluções se desenrola diariamente, potencializando a velocidade de fluxos culturais, sociais e econômicos. 


Novos modos de produção para novos tempos: a Economia Digital 

Assim como nas três revoluções anteriores, as inovações inauguradas pela Indústria 4.0 moldam o mundo e as economias globais. Na realidade de hoje, isso fica ainda mais claro devido ao “encurtamento de distâncias” promovido pela internet. 

Apesar das ressalvas dos mais céticos, que questionam o viés revolucionário das tecnologias do nosso tempo, não há dúvidas acerca da velocidade e da magnitude das transformações que testemunhamos. 

Prova disso é a chamada Economia Digital, que já dita as principais transações comerciais, atividades econômicas e interações profissionais do planeta. Baseado nas tecnologias digitais e dependente da geração contínua de conteúdo (típica da Era da Informação), esse modelo estabelece os padrões de competitividade e produção no novo paradigma de mercado. Não há meio termo: quem não investe em transformação digital fica para trás.  

Com isso em mente, o pesquisador Klaus Schwab, em seu trabalho A quarta revolução industrial, defende o ineditismo e a profundidade dos impactos da Era Digital: 

“Imagine as possibilidades ilimitadas de bilhões de pessoas conectadas por dispositivos móveis, dando origem a um poder de processamento, recursos de armazenamento e acesso ao conhecimento sem precedentes. Ou imagine a assombrosa profusão de novidades tecnológicas que abrangem numerosas áreas: inteligência artificial (IA), robótica, a internet das coisas, veículos autônomos, impressão em 3D (...), para citar apenas algumas. Muitas dessas inovações estão apenas no início, mas já estão chegando a um ponto de inflexão de seu desenvolvimento, pois elas constroem e amplificam umas às outras, fundindo as tecnologias dos mundos físico, digital e biológico”. 

Diante desse contexto, consideradas as proporções da Era Digital enquanto marco histórico, econômico e sociocultural, a problemática da falta de acesso à inovação só fica mais grave. 

Dizer que grande parte da população está privada do uso dessas tecnologias, afinal, é praticamente afirmar que essa população está à margem do “modo de vida” vigente – e isso representa uma exclusão social, cultural e econômica nos mais diversos níveis. 


O outro lado da questão: desigualdade na Era Digital 

A Era Digital ou da Informação não nos deixa mentir: vivemos os tempos das startups, da cultura da inovação, das ideias disruptivas e das gigantes do Vale do Silício. As últimas conquistas tecnológicas nunca estiveram tão próximas do nosso cotidiano, subvertendo as barreiras entre os “berços da inovação” e a sociedade como um todo.

Só em 2019, a Alexa, assistente virtual da Amazon com complexos recursos de Inteligência Artificial, teve mais de 200 milhões de unidades vendidas. Em lares de todo o mundo, usuários estão sincronizando funções como o ligar/desligar de interruptores e outras automações via comando de voz. Não parece incrível? 

Bem, o futuro não chegou para todos. Para se ter uma ideia, o ano de 2019 marcou a primeira vez em que o acesso à internet ultrapassou a casa dos 50% em todo o mundo, chegando aos 51%. É isso mesmo: grosso modo, metade da população do planeta ainda não tem acesso à internet

O dado fica ainda mais alarmante quando consideramos o ganho de importância da web nas mais variadas esferas sociais nos últimos 20 anos, conforme aponta a Broadband Commission (Comissão da Banda Larga), que reúne empresas e representantes das Nações Unidas. 

WWW, “World Wide Web”. Será? 

O interessante relatório The State of Broadband: broadband as a foundation for sustainable development (“O Estado da Banda Larga: banda larga como base do desenvolvimento sustentável”), realizado em setembro de 2019, revela lacunas impressionantes na conectividade e no acesso às facilidades do digital. 

Se o nível do acesso à web está em 51% (ainda longe da meta da Broadband Commission, que é chegar a 75% até 2025), o cenário é ligeiramente diferente em se tratando dos domicílios ao redor do planeta: o índice é de 57,8% (em 2005, era de 19%). O ritmo de crescimento da conectividade nas residências, entretanto, diminuiu nos últimos anos, especialmente nos países mais pobres. 

Nessa perspectiva, outros apontamentos importantes do estudo são: 

  • as populações offline (sem acesso à internet) costumam se localizar em áreas geográficas que possuem pouca ou nenhuma cobertura de redes de telecomunicações;
  • para as comunidades e indivíduos mais carentes em termos de oportunidades e formas de sustento, a falta de infraestrutura de rede para conectividade é apontada como um das principais barreiras;
  • 43,5% dos entrevistados em países de baixa renda identificaram a conexão de baixa qualidade como barreira para o acesso à internet. Nos países de média renda, apenas 34,6% afirmaram o mesmo. Nos de alta renda, o número caiu para 25%; 
  • uma porção significativa da população que ainda não tem acesso à web (os 49% em todo o mundo) apresenta renda mais baixa. Para essas pessoas, o custo de dispositivos e serviços – como smartphones e mensalidades de provedores de internet – é um dos principais dificultadores;
  • Ao menos 1,3 bilhão de pessoas vivem em países nos quais os planos básicos de dados móveis (de 1GB por mês) simplesmente não são acessíveis do ponto de vista financeiro

Como é possível perceber, as disparidades também estão presentes entre os “conectados”. Para se ter uma ideia, o preço dessas franquias de 1GB consome o equivalente a 6,8% da receita média mensal na África Subsaariana, enquanto o valor corresponde a 1,2% da média renda mensal no Sul da Ásia. 

De fato, como destaca o relatório, as brechas existentes no acesso e na adoção da conectividade são diversas e complexas. Entre outras categorias, elas incluem o quesito renda (ricos x pobres), geografia (áreas urbanas x áreas rurais), gênero e idade. 

Excessos e ausências na conectividade 

Tudo se torna ainda mais estranho quando consideramos que, do lado da população conectada, o excesso do tempo de navegação e o uso desenfreado de smartphones é a realidade de grande parte dos usuários. 

Como reflexo dessa situação, o Google e a Apple inclusive criaram ferramentas para mensurar o tempo diário passado em aplicativos, o que auxilia os usuários a entenderem seu comportamento e implementarem medidas de controle.

Nesse cenário de paradoxos, apesar de todas as desigualdades, o Brasil lidera o ranking do tempo de uso de smartphones entre os países emergentes – e grande parte desse público tem perfil jovem e escolarizado. 

Por outro lado, 17% dos adultos brasileiros não têm nenhum tipo de acesso a qualquer tecnologia móvel e 33% possuem um dispositivo móvel que não é inteligente (ou seja, não é um smartphone). Os dados são de um estudo recente do Pew Research Center

Vale destacar, ainda, que a infraestrutura de rede também é uma problemática no Brasil: muitos municípios ainda não possuem acesso à tecnologia 4G. No interior mais profundo do país, não é incomum que moradores se aglomerem nas proximidades de locais com internet banda larga para tentarem usufruir do serviço.

O alto custo dos dispositivos de maior qualidade também prejudica a inserção digital. Em 2018, de acordo com um levantamento do IDC Brasil, 14% dos 44,4 milhões de celulares vendidos foram “de entrada”, isto é, de baixo custo e com recursos bem menos robustos. 


Da exclusão à igualdade de oportunidades: o mundo digital como ponte 

Não há dúvidas de que promover um acesso realmente globalizado ao mundo digital teria impactos grandiosos na difusão de conhecimento e na diminuição das brechas sociais. 

Sem propostas que busquem resolver o problema, o resultado será o aumento da desigualdade entre as nações mais desenvolvidas e os países em desenvolvimento, como alerta a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). 

A organização internacional, que foi fundada pela ONU, publicou uma análise relevante sobre a situação dos mais jovens em relação ao ambiente digital. O levantamento reafirma as disparidades geográficas e sociais que já destacamos acima: na África, 60% dos jovens entre 15 e 24 anos não possuem acesso à internet. Na Europa, esse cenário muda: a porcentagem na mesma faixa etária cai para 6%. 

O documento traz outro acréscimo notável (embora não surpreendente): a disponibilidade da web também fica restrita nas áreas de conflito armado recente ou deflagrado, como Afeganistão, Iraque e Iêmen.

A redução nesse desnível, segundo a Unicef, é urgente e deve envolver iniciativas por parte de empresas, governos e universidades. Nessa perspectiva, a implementação massiva de novas tecnologias a nível global traria 4 benefícios inestimáveis para crianças e jovens: 

  • aumento da qualidade da educação;
  • renovação da economia, com mais alternativas profissionais para os jovens;
  • melhoria na atenção em situações de emergência;
  • possibilidade de acesso a informações e ferramentas que ampliem a busca dos jovens a novas soluções para seus problemas. 

A partir desse ponto de vista, podemos dizer que a tecnologia atua como um verdadeiro termômetro da desigualdade no mundo contemporâneo. A reversão desse contexto (ou seja, a promoção de uma digitalização mais democrática e ampla) significaria também melhores perspectivas para a educação e o ingresso no mercado de trabalho. 

Informação, afinal, é poder – e de certa forma é o futuro que as camadas mais privilegiadas já experimentam, a um simples clique de distância. 

Quer um exemplo para ficar otimista? O vídeo abaixo mostra a aplicação de uma tecnologia de ponta em uma zona rural de Ruanda. A equipe de Abdoul Salam Nizeyimana, usa aviões auto-pilotados para levar sangue a hospitais remotos, ajudando médicos a salvar a vida de seus pacientes. Às vezes basta um pouquinho apenas de futuro para fazer a diferença.


O futuro é aqui e agora: 6 tecnologias de “ficção científica” que já são realidade

Reforçando os fortes contrastes desse contexto do acesso à inovação, os países desenvolvidos e emergentes vêm investindo bilhões de dólares por ano em áreas como tecnologia da Informação, robótica, machine learning e e-commerce. 

Aliada a essas iniciativas, há também a aposta crescente em estratégias de marketing digital, visando fortalecer ainda mais a presença das marcas no meio online, atrair mais consumidores e ganhar competitividade. 

Não há dúvidas, afinal de contas, de que os recursos tecnológicos geram imenso valor agregado para os negócios, impulsionando seu crescimento e incrementando setores-chave como atendimento, vendas e comunicação. 

Para a sociedade em geral, é claro que também há avanços incríveis: conquistas científicas, otimização do trabalho, velocidade no acesso à informação e muitas facilidades que parecem vindas do imaginário cinematográfico do futuro já marcam presença no nosso dia a dia. 

A seguir, recapitulamos algumas das inovações mais marcantes da nossa Quarta Revolução Industrial: 

Inteligência Artificial (IA) 

Uma das tecnologias mais disruptivas da atualidade, a Inteligência Artificial não é apenas título de filme de Spielberg, mas um recurso que já utilizamos no dia a dia (muitas vezes sem saber!). 

Muito além da automação de tarefas rotineiras e repetitivas, as inovações de IA também envolvem processos cognitivos e capacidade de aprendizagem (o chamado machine learning). Nesse sentido, além de poupar tempo e recursos nas empresas, esses dispositivos também são aplicados em tarefas que demandam análise e tomada de decisões. 

Exemplos comuns de IA no dia a dia incluem os chatbots em sites (os famosos “assistentes virtuais” ou robôs de atendimento), o mecanismo de algoritmos do Google (que nos fornecem resultados personalizados) e até os sistemas de recomendação no YouTube e na Netflix. É de se imaginar que haja alguma inteligência por detrás das sugestões que tanto “adivinham” nossos gostos pessoais, certo? 

Internet das Coisas (IoT): os dispositivos inteligentes 

A Internet das Coisas ou Internet of Things descreve os famosos dispositivos inteligentes que são cada vez mais “objetos-desejo” no mercado. A Alexa da Amazon, Google Home Mini e o smartwatch da Apple (o Apple Watch) são grandes exemplos nesse sentido. 

Google Home Mini

Outra ilustração da IoT que é bem característica das ficções científicas são os carros inteligentes. Não, os veículos ainda não estão voando, mas estão cada vez mais inteligentes – a troca de informações com os smartphones dos usuários e a otimização dos trajetos em tempo real já são uma realidade. 

Impressão em 3D 

Não há como negar que a possibilidade de criar modelos tridimensionais com rapidez, prototipando objetos, é um tanto impressionante. Já utilizadas desde a década de 80 (com destaque para a produção de próteses), as impressoras 3D atingiram um novo patamar na Indústria 4.0. 

Entre os impactos mais promissores e de encher os olhos, está a produção de órgãos com textura e densidade similares à de órgãos reais. Hoje, esses protótipos auxiliam no estudos de medicina e na preparação de cirurgias. A médio e longo prazo, já há pesquisas para que haja a utilização em transplantes, reduzindo a fila de espera de doadores. 

Peças produzidas com impressora 3D e materiais usados

Big Data 

Já mencionado neste artigo, o BIg Data está diretamente associado ao business intelligence e é o motivo pelo qual a profissão de cientista de dados estão tão em alta. Se conhecimento vale ouro (e ele nunca foi produzido em tanta quantidade e rapidez quanto atualmente), é preciso que haja ferramentas inteligentes capazes de processar, filtrar, analisar e armazenar toda essa imensidade de informações. 

Cloud Computing 

Baseada na internet e permitindo o uso de tecnologias de forma remota, a computação em nuvem revolucionou diversos serviços importantes da Tecnologia da Informação, possibilitando procedimentos de segurança como backup e recuperação de dados em nuvem. 

Agilidade, economia de custos, escalabilidade e armazenamento ilimitado são algumas das grandes vantagens da inovação. 

Telas interativas e touchscreen 

Muito presentes em clássicos da ficção científica no cinema, as telas digitais e interativas são grandes criadoras da atmosfera do imaginário do futuro. Pense em filmes como Minority Report ou videogames como Cyberpunk 2077: as telas estão lá, na forma de anúncios digitais ou dispositivos de última geração. 

Atualmente, as telas touchscreen estão no nosso dia a dia e presentes nos nossos próprios smartphones. Como ativos para as empresas, esses recursos fazem toda a diferença na apresentação de portfólios, pontos-de-venda e showcases, encantando clientes e acelerando as conversões. 


Reduzindo as lacunas: como democratizar as tecnologias? 

Promover uma Era Digital igualitária é a meta de inúmeras iniciativas ao redor do mundo. Um grande exemplo é a própria World Wide Web Foundation, organização americana que visa estabelecer a internet como “bem público” e “direito básico” em todo o globo. 

Para atingir a igualdade digital, a fundação defende que o caminho é incentivar mudanças nas políticas governamentais e empresariais. Investimento em pesquisas, estabelecimento de parcerias com a sociedade civil e projetos/workshops em todo o mundo são algumas das estratégias da organização internacional.

Em contrapartida, Nanjira Sambuli, pesquisadora da fundação, afirmou em entrevista de 2019 que as ações para conectar mais pessoas tiveram uma redução drástica nos últimos anos. Para ela, haveria uma mentalidade no mercado de que bastaria alocar recursos no setor de tecnologia para solucionar o problema, mas isso seria uma visão bastante simplista. 

Resolver as questões de infraestrutura de rede, disponibilizando dispositivos e internet, por si só, não seria um caminho efetivo – isso porque há problemáticas anteriores às próprias tecnologias digitais em jogo. Desigualdades geográficas, sociais e de gênero, dentre outras, determinam quem consegue acessar e fazer um uso significativo da internet, usufruindo dos seus benefícios. 

Nas palavras de Sambuli, 

In devising solutions to address this, one example is about digging deeper into why the aforementioned inequalities persist and how digital technologies can be leveraged to rid of them altogether, to “leave no one behind” as the Sustainable Development Goals mantra goes. Digital equality is as much about digging into history as it is about making sense of the present, while planning for the future.

Traduzindo:

No planejamento de soluções para o problema, um exemplo é investigar por que essas desigualdades já mencionadas ainda persistem, e de que forma as tecnologias digitais podem ser aproveitadas para resolvermos todas elas, para “não deixar ninguém para trás”, assim como consta nas metas do Desenvolvimento Sustentável. A igualdade digital envolve tanto escavar a história quanto fazer sentido do presente, planejando também para o futuro.

Parcerias entre governos, empresas e sociedade civil 

Passando pelos painéis da ONU e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até as iniciativas de pequenas ONGs, escolas e negócios, a pauta da inclusão digital nunca foi tão relevante.

De maneira geral, há um consenso sobre a importância da união de esforços acadêmicos, governamentais, corporativos e da própria sociedade para vencer as desigualdades e ampliar o acesso aos benefícios da Indústria 4.0. 

Para a Unicef, as propostas devem incluir pilares como:

  • o apoio dos provedores de internet às entidades locais;
  • a implementação de mais conexões públicas;
  • estratégias de mercado para incentivar as empresas de tecnologia. 

Na esfera das empresas, as iniciativas já incluem ações como programas de formação dos funcionários em habilidades tecnológicas, a criação de hubs tecnológicos para atender aos locais mais remotos, parcerias com pequenos negócios e o lançamento de plataformas de educação digital gratuita.


Futuro ao alcance das mãos: a missão da Aqua 

Alinhada às últimas tendências do varejo e trazendo tecnologia de ponta para as mais diversas empresas e instituições, a Aqua tem como filosofia colaborar para a redução das lacunas de acesso ao melhor do mundo digital.

Com apresentações e catálogos interativos, ajudamos nossos clientes a elevarem a comunicação e a jornada de compra dos seus produtos e serviços a um novo nível, proporcionando experiências inesquecíveis para o público

Mais do que alavancar as vendas e incrementar o atendimento de negócios, propomos novas formas de comunicar, compartilhar conhecimentos e gerar conexões, levando soluções inovadoras ao dia a dia das pessoas. 

Nesse sentido, os mais diversos espaços públicos, lojas físicas e ambientes corporativos podem e devem se beneficiar de tecnologias de vanguarda, democratizando o acesso a um futuro que já está em curso. 


Conclusão 

O futuro chegou, mas não é para todos. Será que estamos no caminho de promover um acesso mais igualitário à inovação? Quem está se beneficiando das conquistas da revolução digital? 

Pensar formas de compartilhar e democratizar o acesso às novas tecnologias, como refletimos ao longo de todo o artigo, é uma preocupação fundamental para facilitar o caminho ao conhecimento, à educação, ao mercado de trabalho e à nossa própria experiência como humanidade no século XXI. 

As empresas e marcas, assim como as esferas públicas e toda a sociedade, têm um papel importante nesse processo. Conheça as soluções da Aqua, surpreenda seus clientes e junte-se a nós no propósito de disseminar tecnologia e inovação! 


Leia também

Seja cliente Aqua

Faça como algumas das maiores empresas do Brasil. Use soluções da Aqua para inovar, reduzir custos, atender melhor e vender mais.